SONETO VII
Docemente recordo meu antigo Barreiro,
E saudoso, me lembro das tardes chuvosas,
Enchendo de folhas o enorme terreiro
E o chão salpicado de roxas amoras.
O ocaso entre as sombras do rola moça
Caia como brisa após o sol das almas,
Anunciando a noite no revoar da garça,
Turvando as tardes nas branduras calmas.
Tempos das fotos em preto e branco,
Esfumaçadas com as partidas dos trens,
Sucumbidas entre as serras no nevoeiro.
Sou esse idoso sentado num velho tronco
Proseando velhas histórias e bobagens,
Perdido nas lembranças do velho Barreiro.
"Esta poesia participou do Concurso
Nacional de Literatura Prêmio Cidade de Belo Horizonte - 2012 promovido pela
Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte".
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