JULHO

São nos dias frios de julho, 
Que os pobres românticos
Tornam-se aguçados sofredores,
Mais tolos e viris amantes.

Os abraços, são necessidades constantes
Que livram almas de geleiras
E aproximam corpos em ardência.

O beijo, é um vício,
Um desejo que embarca
Em viagem imaginárias
Que nos faz caminhar entre os anjos do céu,
Correr perdido pelos campos
Ser consumido por abismos infinitos
Na escuridão do coração.

Os instintos, tornam-se apurados,
De tão sensíveis, ficam aptos à dor.
A carência, é como o suor a flor da pele,
Que escorre vagarosamente do ser
Vendo a lua nascer e a neblina baixar.

A morte até se torna possível
Desde que em julho
Se morra de dor
E em agosto,
Se encontre um grande amor.

(Eber Fonseca)

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