SONETO XI
Não pelo que és atualmente,
Mas te quero no meu futuro
Em minha vida, loucamente.
Ainda que mil bocas te beijem
E se afunde em infinitos afagos,
Ou orgias por pura sacanagem.
Mesmo assim, quero teus bagaços.
Não dou a mínima ao teu conteúdo.
Na vida, nem todo remédio é doce,
Bom seria se fosse, mas não me iludo.
Viva e goze, só me confie teus rumos,
Que eu fico aqui, te esperando precoce,
Sem posse, guerreando com meus mundos.
(Eber Fonseca)
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